Por bons motivos (trabalho q.b.) tenho andado ausente deste blogue. Pela mesma razão, este ano não haverá muito tempo livre para inovações quando festejarmos o Haloween, uma das datas mais divertidas no nosso calendário de tradições recentes – de que já falei neste post.
Por isso, desta vez, partilho o que foi feito no ano passado, em companhia de bons amigos.
Comecei pela a decoração, enchendo a casa com morcegos de cartolina que esvoaçavam pelas paredes. Como o meu talento para desenhar é tão bom como os meus dotes vocais, procurei na net um template que pudesse copiar. Há uma variedade imensa, mas escolhi o mais simples de recortar, que encontrei aqui. Depois imprimi em dois tamanhos diferentes, colocando os mais pequenos na parte de cima da parede, de forma a dar uma noção de perspetiva.
Frascos com velas atrás de uma antiga radiografia iluminavam a sala numa penumbra muito apropriada.
Sobre a mesa coloquei um velho lençol que, depois de esfarrapado e pintado com pingos de tinta vermelha e rastros de mãos sangrentas, não destoaria numa cena de crime. Em cima, tinha copos cujos fundos nos fitavam quando os esvaziávamos, com olhos retirados daqui.
À hora do jantar, a ementa foi passada pelos convidados, que a aprovaram sem restrições – tinham sido avisados que qualquer comentário menos feliz daria direito a sofrimentos inimagináveis…
… como aconteceu ao desgraçado que se atreveu a tocar no néctar venenoso antes do tempo.
Salsichas com massa folhada e grão de pimenta a fazerem de olhos transformaram-se em múmias encolhidas, passadas pelas chamas do inferno (aka forno)…
… e bolachas de amêndoa (algumas com tempo de inferno a mais) permitiu-nos mordiscar dedos de bruxas de várias etnias. A ideia veio daqui.
Para o fim ficou a cafeína de peúga acompanhada por monstréri e por más piadas – das que nos fazem rir até às lágrimas, e ter uma vontade imensa de repetir momentos assim.